Bichos marinhos de olhos estranhos
Tão acostumados à falta de luz.
Será que sabem dos males mundanos
De tão ocupados em seu sucumbir?
Quem come quem
E quem guarda silêncio?
Sagrado é o que mais se gasta!
Enquanto isso, as contas chegando por baixo do vão da porta.
Até penso em mudar!
Quero o que for pro meu bem!
Saudades do que eu nunca vi. E daí?
Sofrem as cordas que vão afinar.
O céu é um espelho do mar.
Como se os astros de lá se ligassem ao que passa à nossa volta.
E como se realmente importasse passar por aqui e deixar os rastros no ar.
Quero dizer que não tem mais nada além desse agora, aqui.
Quem se atreve até pode passar.
O abismo entre e ficar...
Então não sofra só de pensar.
Nascer é morrer, de lá pra cá
E tudo logo vai passar!
Quem crê, ainda, em Deus.
Também destróI o que era pra ser seu.
No fundo, é o prazer que ganha o dia e põe tudo a perder!